Se você quer algo novo, precisa parar de fazer algo velho

A pesquisa FEBRABAN de tecnologia bancária 2017, divulgada pela Federação Brasileira de Bancos, mostrou que os investimentos das instituições bancárias em tecnologia da informação, no ano passado, foram de R$18,6 bilhões. Apesar da queda em relação a 2015, com registro de R$ 19 bilhões, o resultado do levantamento revela que os bancos são o setor privado que mais investe em tecnologias no país, com aplicação de recursos em software (45%), hardware (35%), telecom (19%) e ferramentas inovadoras, como analytics.

É sabido, globalmente, que os serviços financeiros no Brasil estão entre os mais avançados e boa parte dessa conquista pode ser creditada ao pioneirismo tecnológico do setor, no país. Os bancos por aqui estão mudando a forma como se relacionam com os clientes, promovendo e estimulando a experiência digital, com destaque para internet banking e novas formas de pagamentos móveis (mobile payment).

No entanto, toda essa migração digital traz consigo complexidade e desafios. O incontrolável número de transações eletrônicas e online faz com que as instituições financeiras se estruturem de forma muito certeira - a aposta é muito grande e elas não podem errar, pois talvez não tenham uma segunda chance. De acordo com a International Data Corporation (IDC), a tecnologia de armazenamento de dados baseados em flash é uma das possíveis respostas para essa questão.

Para o instituto de pesquisa, a forma das instituições financeiras encararem a transformação digital converteu a infraestrutura de TI em um "facilitador de negócios críticos". Entre as vantagens do flash, segundo a IDC, estão a entrega de dados estruturados e não estruturados, que geram novas análises e possibilitam a criação de novas aplicações, inclusive de gerenciamento de risco a capacidade de lidar com um grande volume de dados, de acelerar as aplicações legadas e melhorar o desempenho dessa infraestrutura, além de habilitar para nuvem o data center.

Podemos, ainda, acrescentar que a mudança da tecnologia de armazenamento de dados, baseados em disco para o flash, é apoiada por uma governança corporativa rigorosa e em necessidades de conformidade regulatória para proteger informações importantes, como as confidenciais. Assim, o flash consegue diminuir custos de armazenamento com redução de dados, simplificação da gestão e a garantia da continuidade de acesso à informação.

Outro item relevante da tecnologia flash é a proteção dos dados, já que a indústria financeira é um alvo atraente a ataques cibernéticos. Uma violação em larga escala pode gerar milhões de reais aos invasores com apenas senhas e informações capturadas ou venda de dados, como números de cartão de crédito. Isso pode levar o setor financeiro a bloquear os sistemas com esquemas drásticos e proteções redundantes, o que pode impedir usuários autorizados a obter informações importantes. Dessa forma, a criptografia usada por alguns sistemas flash oferece uma proteção e bloqueio dos dados financeiros, mas não há backdoors ou lacunas que um hacker possa explorar.

O flash pode usar um mecanismo de gerenciamento de chave interna de criptografia que mantém a carga longe tanto do administrador quanto do usuário, ou seja, os bancos não precisariam de programas caros de gerenciamento de chave de terceiros. Isso possibilita que as chaves de gerenciamento de criptografia sejam criadas de maneira segura e automática. Logo, o flash tem um papel muito importante na condução da transformação digital para a indústria financeira. Ele é capaz de oferecer vantagens competitivas, as quais não seriam possíveis com o seu antecessor, o disco. Como cita Peter Drucker, "se você quer algo novo, você precisa parar de fazer algo velho".

Wilson Grava é vice-presidente e gerente geral para a América Latina da Pure Storage Leia a revista
Editorial, 04.AGOSTO.2017 | Postado em Convidado

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