Crie startups na empresa antes que algum aventureiro (empreendedor) o faça

Todas as transformações digitais que estão sacudindo o mundo dos negócios, modificando nossos hábitos, criando e acabando com empresas, têm idêntico foco: oferecer serviços eficientes, sem burocracia e a preços acessíveis. O capitalismo, portanto, está migrando da fase em que os negócios se organizavam em torno de lucro e da oferta de produtos e serviços, para uma etapa de predomínio do consumidor.

Os inventores e empreendedores do passado sempre partiram de uma boa ideia em busca do mercado. Na maioria das vezes, eles criavam a demanda. Antes da invenção do automóvel, não havia venda de veículos motorizados particulares. Foi depois de Santos Dumont e dos Irmãos Wright que surgiu a aviação comercial.

Na economia digital, as empresas passaram a aperfeiçoar o que já existia, como ocorreu com os enormes aparelhos celulares que, na forma de smartphones, se tornaram mais leves, compactos e receberam muitas funções novas, como troca instantânea de mensagens e acesso à Internet.

Para muitas pessoas, elas já substituíram computadores pessoais aparelhos de som e de vídeo telefones fixos correspondências impressas agências bancárias passagens de ônibus e de avião tíquetes de estacionamento guias de ruas e etc.

A lição que fica para quem atua na economia dita tradicional é detectar, sem demora, quais os pontos falhos em seu ramo de negócio. Caso contrário, um aplicativo simples e barato fará isso do dia para a noite, com muito mais vantagens para o consumidor.

Os empresários com essa clarividência terão mais chances de continuar no mercado. Para isso, seria fundamental que criassem núcleos criativos internos que funcionassem como startups. Uma concentração de profissionais talentosos e ousados, desafiados a propor ideias para revitalização dos negócios da empresa. Em resumo, gente que possa fazer em casa o que outros tentarão desenvolver do lado de fora.

Todas as empresas precisam, urgentemente, de líderes que sugiram transformações revolucionárias, antes que algum aventureiro (empreendedor) externo o faça.

Por André Navarrete
Presidente do Optimize Group e da Associação dos Usuários de Informática e Telecomunicações de Pernambuco (Sucesu-PE) Leia a revista

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