Exames laboratoriais ficam mais acessíveis no Brasil com auxílio da tecnologia

Pesquisas indicam que análises são importantes para melhor diagnóstico médico, pois cerca de 70% das decisões levam em conta resultados de exames laboratoriais. Os motivos são diversos, mas o principal é a confirmação ou exclusão das hipóteses geradas durante a consulta. 

Cenário complicado

Atrelado a esse cenário, o acesso a exames, atualmente no Brasil, não é democrático. Segundo o último levantamento do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), dos 21.635 estabelecimentos de Medicina Diagnóstica, 90,8% são privados. Ou seja, o custo de um exame pode ser muito acima ao que o paciente poderia pagar. 

Como forma de democratização aos exames, o Hilab é uma das opções que surgiram para a área da saúde, oferecendo diversos tipos de exames laboratoriais com preços entre R$ 30 e R$ 80. O laboratório portátil, que é desenvolvido pela Hi Technologies, está disponível em farmácias e consultórios médicos, e entrega os resultados em poucos minutos. 

Como funciona

No Nordeste, é possível encontrar o Hilab nos estados do Ceará (Nova Olinda, Pacajus e Fortaleza), Rio Grande do Norte (Natal e Mossoró), Paraíba (Sousa e Campina Grande) e Pernambuco (Goiana, Caruaru, Arcoverde, Recife e região metropolitana).

O Hilab funciona de forma pouco invasiva, sem seringas, e praticamente indolor. Um profissional de saúde treinado faz um pequeno furo na ponta do dedo do paciente para coletar algumas gotas de sangue. Após a coleta, a amostra é colocada em contato com os reagentes dentro de uma pequena cápsula, que é depositada dentro do dispositivo que cabe na palma da mão. O dispositivo, então, cria uma "versão digital" da amostra que é transmitida instantaneamente via internet para a equipe de biomédicos do laboratório físico, onde especialistas, que contam o auxílio de algoritmos de Inteligência Artificial (IA) própria, vão emitir um laudo em questão de minutos. Por fim, o paciente recebe o resultado no smartphone via SMS ou no app Hilab.

Sendo assim, garantir acesso aos exames é importante para suprir o viés da escassez existente no sistema de saúde. Isso se aplica principalmente às doenças subdiagnosticadas como HIV e Hepatites B e C e doenças prevalentes na população como diabetes, dislipidemia, hipotireoidismo. "Realizar exames adequadamente torna possível realizar o aprimoramento no conhecimento da distribuição das doenças e dos fatores de risco associados a elas", explica Bernardo Almeida, médico especialista e Chief Medical Officer da Hi Technologies. Leia a revista

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