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Investir em tecnologia é uma boa estratégia para vencer a crise

Quais os impactos na área de tecnologia causados pela crise econômica que se vive hoje no Brasil?
Sem dúvidas, uma das premissas neste momento é o fato de a TI não se permitir atrapalhar. Sei que a afirmação é forte, mas, de fato, a TI não pode permitir nenhuma falha nos sistemas. Os ambientes devem cumprir uma agenda que vise a estabilidade. Não obstante, vivemos um período de grandes oportunidades no qual a TI possui um papel de diferencial estratégico, pois quando falamos em crise estamos falando essencialmente da busca efetiva por eficiência operacional, e a TI pode e deve atuar trazendo automação nos processos e operações ou fomentando a inteligência no corte de custos, objetivando o aumento da produtividade.

Esse mercado é um dos poucos que ainda cresce. Quais os desafios para este ano, para que continue em crescimento?
O grande desafio é o de inovar em automatização dos processos. O mercado, cada vez mais, necessitará de ferramentas para automatizar os processos, como forma de aprimorar a qualidade e a rentabilidade das empresas e serviços prestados. O mercado continuará forçando a redução de preços, e cada vez cobrará mais agilidade e a entrega de projetos rápidos e inovadores.

Qual área de TI mais tem se destacado no Brasil? E quanto aos investimentos, qual é considerado fundamental para o setor?
Cito duas áreas: computação em nuvem e mobilidade. Apesar do receio inicial e natural de alguns empresários que ainda preferem infraestruturas de hardware e software próprias, a computação em nuvem segue ganhando força no Brasil. Após crescer quase 50% desde 2013, a Cloud Computing se consolidou como uma ferramenta poderosa para apoiar pessoas e negócios no armazenamento e compartilhamento de seus arquivos e informações por meio de aplicações web simples, atrativas e capazes de atender às necessidades dos clientes sob demanda. A mobilidade alavancou e continuará alavancando investimentos em hardware e software voltados para dispositivos móveis, tendo em vista que o acesso à web por esses dispositivos é cada vez mais comum. É natural que as empresas invistam em novas soluções que contribuam para reforçar a presença da marca nesse ambiente. Quem não investir nisso corre risco de ser esquecido em um mercado tão competitivo e que exige cada vez mais agilidade.

Como se valer da tecnologia para enfrentar a crise econômica, já que setor só impulsiona o crescimento do país?
A participação da TI no PIB nacional é em torno de 8%. Contudo, há prognósticos de aumento para os próximos anos, podendo chegar a 10%. A tecnologia da informação tem um papel estratégico neste cenário de crise em que a busca efetiva por eficiência operacional se torna cada vez mais premente, inovações com vistas em corte de custos objetivam o aumento da produtividade, que é o grande mote do momento.

Para quem quer investir na área, o que deve fazer nesse momento?
A restação de serviços de TI, como consultoria, suporte e service desk terceirizado, permanecerá forte, mesmo neste momento de crise. As empresas continuarão contratando soluções externas de suporte por vários motivos. As pequenas empresas sem recursos técnicos para manter um suporte de TI interno optam por contratar um prestador de serviços que atenda às demandas diárias em computadores, impressoras e servidores, por exemplo. Normalmente, esse prestador de serviço também é de menor porte, mas possui amplo conhecimento técnico que abrange as diversas necessidades dos clientes. Já para os empreendimentos maiores, o ideal é optar por outsourcing pela possibilidade de centralizar as demandas em um só lugar, manter o foco em sua atividade-fim e reduzir os custos operacionais, pois a responsabilidade fica a cargo da empresa prestadora para a contratação de profissionais, atualização tecnológica e ferramentas e procedimentos para agilizar o atendimento. As empresas contratam soluções externas de suporte por vários motivos. As pequenas, sem recursos técnicos para manter um suporte de TI interno, optam por contratar um prestador de serviços que atenda às demandas diá- rias em computadores, impressoras e servidores, por exemplo. Normalmente, esse prestador de serviço também é de menor porte, mas possui amplo conhecimento técnico que abrange as diversas necessidades dos clientes. Por isso, uma dica para o empreendedor é que sempre tenha uma visão completa da área em que quer atuar, desde os trâmites burocráticos para sua abertura, que passa pela governança até a necessidade de contratação de novos talentos para auxiliar na empreitada. É preciso ter responsabilidade, comprometimento e habilidades de comunicação, tanto para vender suas ideias, quanto para lidar com funcionários, clientes e fornecedores.

Pernambuco avançou bastante nos últimos anos em investimentos na área de TI, qual outro estado do Nordeste tem se destacado?
O Ceará é o outro estado mais bem posicionado, pois está entre os quatro estados brasileiros cujos governos mais investem na modernização da máquina pública por meio da tecnologia da informação. Dados do governo mostram que os investimentos em TI no Ceará vêm crescendo a uma taxa anual de 13%. Números como esse, acompanhados de outros dados sobre o crescimento da economia cearense, e do fato de existir no estado uma mão de obra extremamente qualificada, justificam a inserção do Ceará no planejamento estratégico de várias empresas. Toda essa pujança se deu principalmente pelo fato de o governo do Ceará ter definido uma política eficiente de gestão fiscal e desenhado um planejamento estratégico exclusivo para o setor de TI. Leia a revista
Editorial, 29.FEVEREIRO.2016 | Postado em Entrevista

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