Fundador da TI Nordeste revela suas expectativas para o 1º Congresso de Tecnologia e Inovação da região
Como surgiu a ideia de criar o 1º Congresso de Tecnologia e Inovação do Nordeste?
Meu primeiro contato profissional com tecnologia foi no final da década de 80. Apesar de ter um perfil autodidata, sempre gostei de incentivar as relações profissionais e a troca de experiência entre pessoas e empresas, mesmo
entre as concorrentes. Esse incentivo se tornou concreto através de diversos encontros - alguns deles com mais de 150 participantes - entre fabricantes e integradores da região Nordeste, que ajudei a promover, quando trabalhei como gerente regional de uma distribuidora americana.
Leia a revista Demorei anos para convencer esses fabricantes a investirem em eventos desse porte no Nordeste. E, quando finalmente consegui, foi uma surpresa para eles
se depararem com empresas bem estabelecidas, empreendedores maduros, e com jovens profissionais ávidos por informação, e, principalmente, com o mundo de oportunidades que o Nordeste tinha (e tem) a oferecer.
Mesmo com o grande crescimento desses eventos, ao assumirem um porte nacional, as iniciativas ainda eram escassas e restritas a um grupo fechado. Com a TI Nordeste, eu consegui realizar o sonho de ter realmente um
grande evento que abrisse oportunidades para todos. O 1º Congresso de Tecnologia e Inovação do Nordeste terá o poder de democratizar o acesso das grandes e das pequenas empresas aos nordestinos, a interação entre as
companhias locais com a multinacionais, do pesquisador com o investidor, e do estudante com o mercado de trabalho. Deixamos de ver as instituições como logomarcas e passamos a ver pessoas reais. E como eu sempre digo
"negócios se fazem entre pessoas e não entre empresas".
O que a iniciativa trará de inovador para a área de tecnologia?
O 1º Congresso de Tecnologia e Inovação da Região Nordeste é a cara da TI Nordeste. Esse evento trará um mar de informações importantes, de gente e de empresas interessantes e de patrocinadores inéditos na região, além uma área exclusiva dedicada às startups, que nós, da TI Nordeste, tanto incentivamos. O simples fato de juntar todas essas forças em um único local já é um catalisador
para a inovação. Esperamos que essa troca de experiências entre os agentes de desenvolvimento, instituições públicas e privadas, fabricantes, empresas de serviços, gestores e profissionais de TI resultem em novas ideias, muitos negócios e, essencialmente, em inovação.
Por que Fortaleza foi escolhida como sede do evento? Quais iniciativas desenvolvidas na cidade atraíram a sua atenção?
A TI Nordeste, apesar de publicar uma revista gratuita de altíssimo padrão, sempre foi independente do ponto de vista político e econômico. E essa independência também nos pautou na hora de escolher a cidade contemplada com o Congresso.
Foram vários fatores que nos levaram a escolher Fortaleza. Os principais foram o maior número de leitores e seguidores da revista estarem na cidade, a
excepcional infraestrutura do Centro de Eventos do Ceará, e o apoio do GGTI-CE - associação de gestores de TI muito bem organizada, que congrega mais de 90 profissionais de TI de empresas, ONGs e órgãos públicos do Ceará e que sempre apoiou nossas ações - embora não possa deixar de destacar o apoio de outros grupos de gestores de diversos estados.
O Congresso trará empresas conceituadas que apresentarão o que há de mais inovador no mercado, além de nomes distintos, que abordarão temas variados sobre a área de TI.
Acredita que trazer o que há de melhor para o Nordeste é uma forma de impulsionar o panorama da tecnologia na região?
Acredita que trazer o que há de melhor para o Nordeste é uma forma de impulsionar o panorama da tecnologia na região?
Sem dúvida. Nós [nordestinos] temos o perfil empreendedor, a criatividade e todas as condições de, guardada as devidas proporções, nos tornarmos
uma nova Califórnia. Essa é a nossa visão, e estamos dando a nossa contribuição ao mercado. E, diga-se de passagem, sem o apoio prévio de nenhuma entidade pública ou privada. O investimento no Congresso é 100% da TI Nordeste. Mas, apesar de termos excelentes profissionais e empreendedores locais, muitas vezes falta a visão, o acesso à capacitação profissional e um agente catalisador para associação de forças dos agentes de inovação.
O desenvolvimento tecnológico produz um efeito colateral chamado de "gap [atraso] tecnológico". Todo profissional carrega o seu grau de "gap tecnológico".
Ninguém consegue acompanhar o mercado de tecnologia na mesma velocidade em que ele se desenvolve. Um evento desse porte ajuda a diminuir o" gap" dos nossos profissionais.
Obviamente, para chegarmos a ser um centésimo do que é o Vale do Silício, precisamos do apoio acadêmico, público e empresarial. Inicialmente, nós resolvemos não esperar isso de ninguém. Juntamos todos esses potenciais
agentes de inovação em um ambiente propício [o congresso] para que essa sinergia aconteça.
Além do Congresso, e da Feira, o evento terá como atividade paralela uma reunião com gestores de TI. Qual o objetivo do encontro?
A Reunião de Gestores de TI do Nordeste congregará os principais grupos de CIOs da região, em parceria com o 1º Encontro de Agentes de Tecnologia da
Região Nordeste, no qual participarão representantes de institutos, universidades, secretarias, aceleradoras e outros agentes que promovem a inovação de que estamos convidando para participar.
O que o público presente pode esperar para os dias 27 e 28 de agosto?
Uma grande festa muito bem organizada. Estamos trabalhando há mais de um ano para que esse evento aconteça. São quase 5.000 m² de área, dividida entre
Feira e Congresso. São mais de 100 pessoas envolvidas no evento entre promotora, organizadora, montadora, agências e palestrantes.
Quem participar do Congresso, certamente ficará satisfeito com o investimento. Teremos o Rafael Baltresca, um dos top 10 palestrantes da atualidade, o Frank Caramelo, do premiadíssimo escritório Caramelo Arquitetos Associados, a Ana Paula Morais, uma celebridade local em Direito Digital, o professor Luís Claudio Domingues que vai desmistificar o que pode e o que não pode ser feito em um datacenter, e outras boas surpresas.
Além do Congresso, nossos participantes poderão assistir a mini palestras que ocorrerão dentro do conference room da área de startups. Organizamos a nossa
agenda de uma forma que o congressista também terá tempo para visitar a Feira. É uma oportunidade unica para o profissional se atualizar e aprender sobre diversos temas em apenas dois dias.